Eugénio de Andrade
Pseudónimo de José Fontinhas (nasceu Póvoa da Atalaia, Fundão, Beira Baixa, em 19 de janeiro de 1923).
Com 7 anos de idade acompanha a mãe para Castelo Branco e fixa-se em Lisboa em 1932. Neste mesmo ano termina os estudos primários que iniciara na aldeia natal.
Por volta dos 12 anos, descobre a biblioteca de um vizinho e começa a ler intensamente, Júlio Verne, Jack London e Alexandre Dumas, os clássicos e românticos portugueses, os romances de Dostoievski, Tolstoi e Gorki e poesia de António Botto.
Em 1943, Eugénio de Andrade instala-se em Coimbra. Nesta cidade trava amizade com Miguel Torga e aí publica, em 1946, uma antologia poética de Garcia Lorca. Regressa a Lisboa no final desse mesmo ano e em 1947 ingressa no funcionalismo público. Publica em 1948 aquele que viria a ser o seu livro de consagração e o mais reeditado dos seus textos: As mãos e os frutos.
Por essa altura faz amizade e convive com outros poetas como Mário Cesariny e Sophia de Mello Breyner Andresen.
Fixa residência no Porto em 1950.
No dia 13 de junho de 2005 falece no Porto um dos poetas mais lidos e traduzidos de sempre.
Obras editadas:
– Narciso (1970); Adolescente (1942); Coração do dia (1958); Ostinato Rigore (1964); Véspera da água (1973); Escrita da terra e outros epitáfios (1974); Matéria Solar (1980); O peso da sombra (1982); Branco no Branco (1984); Vertentes do olhar (1987); O sal da Língua (1995); Os sulcos da sede (2001).
Principais prémios:
- Prémio da crítica do centro português da associação internacional de críticos literários, 1985 (Branco no Branco);
- Prémio D. Dinis, 1987 (Vertentes do olhar);
- Grande prémio Vida Literária da Associação portuguesa de escritores, 2000;
- Prémio Pen de Poesia, 2001 (Sulcos da sede);
- Prémio Camões, 2001
- Prémio de Poesia da revista Poesia e Homem, Cantão, China, 2004.
A biblioteca municipal possuí algum espólio pessoal do poeta.